O ano de 2023 trouxe notáveis contrastes no cenário financeiro dos estados brasileiros, conforme revelado pelo Relatório Resumido de Execução Orçamentária em Foco dos Estados + DF (RREO). O Rio Grande do Norte e o Piauí surgiram como protagonistas, exibindo os maiores crescimentos percentuais de receitas correntes em comparação com 2022, alcançando 14% e 13%, respectivamente. Em contrapartida, São Paulo e Minas Gerais enfrentaram as maiores reduções, registrando -11% e -6%, respectivamente.
No que diz respeito à despesa liquidada, Mato Grosso liderou com um impressionante crescimento de 18%, seguido de perto pelo Pará e Paraná, ambos com 18%. Por outro lado, São Paulo e Minas Gerais figuraram novamente no extremo oposto, com reduções de -6% e -3%, respectivamente.
Um aspecto preocupante apontado pelo Tesouro Nacional é o aumento generalizado de despesas com pessoal em relação à receita total em todos os estados. Nesse cenário, destacam-se o Rio Grande do Norte, o Rio Grande do Sul e Minas Gerais, com os maiores percentuais, atingindo 74%, 65% e 64%, respectivamente.
Além disso, as despesas com custeio também demandaram atenção, com maiores comprometimentos observados no Amazonas, Distrito Federal e Maranhão, chegando a 40% em alguns casos.
No que diz respeito aos restos a pagar, o Pará, Amapá e Alagoas lideraram os pagamentos, enquanto Amapá, Rio de Janeiro e Minas Gerais enfrentaram dificuldades em honrar despesas antigas, refletindo baixos índices de pagamento.
Quanto à dívida consolidada, Paraíba, Pará e Distrito Federal apresentaram os maiores crescimentos, enquanto Maranhão, Mato Grosso e Acre lideraram as reduções.
Em relação aos investimentos, o Espírito Santo se destacou com 20%, seguido por Alagoas e Piauí, ambos com 16%. Por outro lado, Rio Grande do Norte e Pernambuco registraram os menores percentuais, com 3% e 4%, respectivamente.
O Tesouro Nacional destacou que a baixa taxa de investimento no Rio Grande do Norte está associada ao alto comprometimento de despesas com pessoal, que é a mais elevada entre os estados, atingindo 74% da receita total.
Diante desses dados, fica evidente a complexidade e os desafios enfrentados pelos estados brasileiros na gestão de suas finanças, exigindo medidas eficazes para garantir a estabilidade e o desenvolvimento econômico.
Fonte: Correio Braziliense
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