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Em família: Estudo revela predominância de herança política no Senado, especialmente no Piauí

O doutorando em Ciência Política, Robson Carvalho, da Universidade de Brasília, conduziu uma pesquisa que analisa a trajetória dos membros do Senado Federal ao longo dos 200 anos de sua história. Segundo o levantamento, todos os senadores eleitos pelo Piauí têm laços políticos familiares, o que também se aplica à Paraíba, destacando esses dois estados como líderes nesse aspecto.

Carvalho enfatiza que a maioria das cadeiras senatoriais é ocupada por representantes de famílias influentes, que tendem a perpetuar seu poder através de sucessões familiares, prejudicando a representatividade democrática.

Dos 407 mandatos disputados entre 1986 e 2022, 274 foram ocupados por indivíduos com vínculos familiares políticos, sendo a esmagadora maioria homens. Nesse período, apenas 44 mulheres foram eleitas para o Senado Federal, demonstrando uma significativa disparidade de gênero.


Foto: Reprodução


O pesquisador aponta que a ascendência política é uma realidade em todo o Brasil e em todos os partidos políticos, independentemente da orientação ideológica. Ele ressalta que o acesso a recursos financeiros e a influência social desde a infância conferem uma vantagem considerável aos herdeiros políticos.

Embora a pesquisa destaque o Piauí como um exemplo significativo de herança política, evidenciando que nunca elegeu uma senadora e que todos os mandatos disputados possuem vínculos familiares, também menciona casos como o do Mato Grosso, onde, apesar de eleger quatro mulheres para o Senado, a maioria delas possui conexões político-familiares, com exceção de Soraya Thronicke.


Fonte: GP1

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