Reprodução: Facebook
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou João Oliveira Antunes Neto, de 20 anos, a uma pena de 11 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, por sua participação nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Identificado nas redes sociais como barbeiro profissional e "cristão pregador do evangelho de Jesus Cristo", o jovem está detido desde então em Brasília.
Com essa decisão, a Corte já condenou 116 envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, que resultaram na invasão e destruição do Congresso, STF e Palácio do Planalto. Dos cinco crimes pelos quais foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), João foi condenado por três.
Condenações:
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: 4 anos de pena;
Golpe de Estado: 5 anos e 6 meses;
Associação criminosa armada: 2 anos de reclusão.
Absolvições:
Dano qualificado;
Deterioração do Patrimônio tombado.
O julgamento do jovem, assim como dos demais acusados, ocorreu de forma individual no plenário virtual do STF, sendo a sentença proferida na segunda-feira (26).
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, destacou que os ataques configuraram o chamado "crime de multidão", em que um grupo comete uma série de crimes, influenciando as condutas uns dos outros, em um efeito de "manada". Com isso, todos os envolvidos precisam responder pelo resultado dos crimes.
Natural de Dirceu Arcoverde, no Sul de Teresina, o jovem reside atualmente no Distrito Federal, onde frequentou uma escola de barbearia especializada em atendimentos sociais, localizada em Ceilândia, uma das regiões administrativas do DF.
Em suas redes sociais, não há postagens relacionadas aos ataques ou de teor político. A maioria das publicações é de cunho profissional e religioso.
Font: G
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