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Desigualdade Persistente: Mulheres Estudam Mais, Mas Representam Menos de 40% dos Cargos de Liderança no Brasil

Um levantamento realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) com dados de 2023 revela que as mulheres ocupam apenas 39,1% dos cargos de liderança no país. Isso representa um aumento marginal em comparação a uma década atrás, quando ocupavam 35,7% dessas posições. O estudo, conduzido pelo Observatório Nacional da Indústria, baseia-se em microdados da PNAD Contínua do IBGE e considera como cargos de liderança aqueles ocupados por diretores, dirigentes, gerentes ou supervisores.

Embora as mulheres empregadas tenham, em média, estudado mais tempo do que os homens, com uma média de 12 anos de estudo contra 10,7 anos para os homens, essa maior qualificação acadêmica não se traduziu em maior representação nos cargos de chefia.


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O estudo "Mulheres no Mercado de Trabalho", que será apresentado em um evento da CNI, não se limita apenas à análise da representação feminina em cargos de liderança, mas também abrange diversos aspectos, como salário, escolaridade e jornada de trabalho.

Apesar de um aumento na equidade salarial entre homens e mulheres, o progresso tem sido gradual. A pontuação de paridade no Brasil, medida pelo Fórum Econômico Mundial, atingiu 78,7 pontos em 2023 em uma escala de 100, em comparação com 72 pontos em 2013. Esta escala compara cinco indicadores - empregabilidade, escolaridade, liderança, remuneração e trabalho reprodutivo - e quanto mais próxima de 100, maior é a paridade.

Se o ritmo atual persistir, estima-se que serão necessários 131 anos para alcançar a igualdade de gênero no mercado de trabalho brasileiro, de acordo com o fórum. O presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou a urgência de ampliar o debate e implementar medidas concretas para alcançar a plena equidade de gênero.

Embora o índice de empregabilidade feminina tenha aumentado em 6,4% ao longo de uma década, as mulheres continuam sub-representadas, passando de 62,6% em 2013 para 66,6% em 2023. O caminho em direção à igualdade de gênero no mercado de trabalho brasileiro ainda é longo e desafiador.


Fonte: UOL


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