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Bolívia: A Inusitada Presença da Marinha sem Litoral

Desde 1826, a Bolívia mantém a sua Marinha, a Armada Boliviana, embora o país não possua acesso ao mar. Após a Batalha de Calama em 1879, contra o Chile, a Bolívia perdeu seu acesso ao Oceano Pacífico, incluindo parte do deserto do Atacama, que foi anexado pelo Chile.


Imagens: Aizar Raldes/AFP


A persistência da Marinha boliviana é motivada pela esperança de recuperar o acesso ao mar, refletida no lema "El mar nos pertenece por derecho, recuperarlo es nuestro deber" (O mar nos pertence por direito, recuperá-lo é nosso dever).

Em 2013, a Bolívia buscou o Tribunal Internacional de Justiça em Haia, na tentativa de recuperar parte do território marítimo do Chile, porém, em 2018, os argumentos bolivianos foram rejeitados pela corte.

Apesar da ausência de litoral, a Marinha da Bolívia tem a missão de administrar e proteger os interesses marítimos, fluviais, lacustres e da marinha mercante do país. Com cerca de 5.000 pessoas e 173 embarcações, a Armada Boliviana classifica o país como o 19º no ranking global de potências militares, de acordo com o Global Fire Power.

Na prática, as operações da Marinha boliviana concentram-se na vigilância dos lagos do país, incluindo o Titicaca, um dos maiores lagos da América do Sul, na fronteira com o Peru.


Fonte: UOL




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